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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

BEM PERTO DE NÓS



Fui ver AVATAR ontem à noite e voltei para casa com milhares de pensamentos novos. Valorizo muito isso num filme e, assim, vim aqui recomendá-lo.

A história, apesar do ritmo e de algumas passagens tipicamente hollywoodianas – que, cá entre nós, já estão para lá de batidas –, é muito boa, palmas para o diretor e roteirista James Cameron. Em primeiro lugar, pela atualidade do tema. Em segundo, pela maneira bonita como este nos é apresentado.

Trata-se de uma espécie de Apocalypse Now futurista, quando a guerra se encontra com problemas socioambientais. Referências não faltam. As ideias de conexão daqueles seres alienígenas com a natureza, ambos constituídos pelo mesmo estofo, como diria Merleau-Ponty, se misturam com as do best-seller A profecia celestina, de James Redfield, e nos fazem questionar quem são os verdadeiros primitivos: eles ou nós.



Quanto ao visual, basta dizer que encanta de tão rico e bem constuído. As texturas, as cores e a reinvenção da natureza terrestre rendem imagens fantásticas e encantadoras.

A temática me pareceu bastante adulta. Cenas de violência correm soltas e fica evidente que os produtores tentaram disfarçar o excesso de sangue. Talvez a classificação indicativa de 12 anos deveria ser elevada um pouco – ou, quem sabe, eu esteja ficando velho? De qualquer maneira, acho que sempre caímos naquele dilema do "desenho animado ser coisa de criança".

Enfim, sejam adultos, crianças ou adolescentes, espero que todos apreciem o filme e saiam do cinema refletindo sobre a situação de nosso próprio planeta, deixando Pandora no universo das metáforas bem feitas e despertando para os problemas da vida real.