A visita ao espaço expositivo tem esse poder de transformar nossa relação com as obras. Tive que rearranjar uma série de pensamento já constituídos, então tirados do lugar por aquela descoberta.
Foi ótimo perceber o mundo em mutação, excedendo os paradigmáticos movimentos de rotação e translação, num tipo de abertura perceptiva muito própria da arte.
Nossa ideia, para a individual no Museu de Arte de Goiânia, era induzir um choque similar. Queríamos que o visitante pusesse os pés no enorme salão concedido à mostra e se surpreendesse com aquelas pinturas reduzidas, dedicando-se ao pequeno num mundo que privilegia os grandes, como alertou o filósofo Walter Benjamin na primeira metade do século passado.
Já nesse primeiro encontro, a proposição estaria colocada. Tudo o que viria a seguir dependeria unicamente do diálogo entre o visitante e as pinturas. Nós desejávamos que logo encontrassem diversas coisas em comum.
Aqui estão algumas das pinturas exibidas no Museu de Arte de Goiânia. Clique nas fotos para ampliá-las:







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