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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

DIFERENTE, COMO TODO MUNDO TENTA SER

“Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Vou lhes fazer um pedido: vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas muito ajuizadas.”

Quem disse a frase acima foi a Dra. Nise da Silveira, que revolucionou a psiquiatria no Brasil utilizando arte no lugar de remédios, cirurgias e choques elétricos. Mais do que ninguém, ela conheceu as profundezas do inconsciente humano e soube respeitar a realidade paralela que existe dentro de cada um de nós.

Qual é o segredo da imaginação? Liberdade. Não se curar além da conta, como diz Nise, significa não querer ser normal demais, “igual a todo mundo, como todo mundo faz”. Concordo. Ser diferente, em minha opinião, é muito mais interessante do que ser indiferente à opinião alheia.

Para conhecer um pouco mais da doutora e da história da psiquiatria no Brasil, recomendo a biografia Nise: Arqueóloga dos Mares (Rio de Janeiro: Aeroplano, 2009), escrita pelo jornalista Bernardo Carneiro Horta. Repleto de causos e citações, o livro é gostoso de ler e revela tudo aquilo que fazia de Nise uma figura à parte, diferente de seus colegas médicos e, por isso mesmo, interessantíssima.