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terça-feira, 16 de agosto de 2011

QUEM SOU EU, AFINAL?

Quando Rodrigo de Moraes, editor assistente do Caderno C, perguntou se eu não teria uma foto minha para estampar esta coluna, desencadeou, sem querer, uma série de pensamentos existencialistas que culminaram na batidíssima questão: quem sou eu, afinal?

Exagero? Ora, um pouco de exagero nunca é demais, e a verdade é que eu não sou muito afeito a exibir o rosto por aí, preferindo sempre me ocultar atrás do codinome Edu Almeida. Por quê? Para ser sincero, não sei. "O que sou e o que escrevo são uma coisa só. Todas as minhas ideias e todos os meus esforços, eis o que sou.", disse C. G. Jung certa vez, e eu sempre levei a sério os pensamentos daquele simpático velhinho suíço, tanto que essa sua frase consta em meu blog desde que o criei. Além do mais, acho que nunca confiei no modo como a imagem lida com o conteúdo, principalmente quando ela precisa sustentar o enorme peso de uma identidade. Não basta, percebe? A imagem reduz tudo a um instante, um ponto de vista, uma gama de cores. Não precisa nem se tratar de uma pessoa, pode ser uma paisagem mesmo, daquelas que você fotografou na sua última viagem de férias – a imagem, no máximo, sugere a sensação do lugar; jamais será o lugar propriamente dito, visto e experimentado.

Convenhamos, nosso comportamento está intimamente atrelado à visão, então é natural que a imagem fale mais alto. Veja só o grau de confiança que uma testemunha ocular recebe, no caso de um crime, por exemplo, enquanto uma testemunha olfativa viraria motivo de piada. Só que os olhos também se enganam. O mesmo vale para os nossos preconceitos. De repente, alguém não vai com a minha cara e deixa de ler a coluna só por causa da foto. Uma imagem, mil palavras, sabe como é... Acontece direto comigo. Se não gosto de um sujeito à primeira vista, ele precisará de muita lábia para me convencer do contrário, ainda mais porque acredito cegamente em meu sexto sentido.

No caso do jornal, havia também uma questão prática: que foto usar? Essa é muito antiga, naquela estou despenteado, naquela estou acompanhado, esta outra tem fundo difícil de recortar, tem sorriso torto, olho fechado... que lástima! Sem contar que eu adoro tirar fotografias e, na maioria das vezes munido de câmera, acabo não aparecendo em nenhuma. Enquanto isso, milhões de anônimos entulham seus perfis de redes sociais com todo o tipo de retrato, sem vergonha de serem felizes. É mesmo um desprendimento admirável.

Vão dizer que é frescura, mas sou publicitário, sei que o poder da imagem é comprometedor. Ele resume você a uma falsa realidade: um instante específico, um olhar perdido, um estilo de roupa, uma luz, um peso e uma altura que, como tudo na vida, estão sempre em mutação. Quer dizer, a imagem é necessariamente uma ilusão. Não se pode confiar nela.

Já fui vítima desse poder e tentei ludibriá-lo. Comecei a escrever cedo, jovem o bastante para que não me atribuíssem o devido crédito. Então, eu deixava a barba crescer, para disfarçar, vestia roupas sóbrias, tentava parecer mais velho manipulando a imagem que faziam de mim. Funcionava – ou, pelo menos, eu achava que sim. No escritório, era a mesma coisa: eu tinha subordinados com mais tempo de carreira e, na época, acreditava que hierarquia era determinada pela data de nascimento. Não revelava a idade de jeito nenhum, deixava o povo confabular. Coisas da juventude, não há como ocultá-las.

Não se trata de mania pessoal. Em regra, as pessoas não gostam de aparentar, digamos assim, o "grau de experiência". Tenho amigos e amigas lindos que se acham decrépitos só porque já passaram dos trinta. Ou dos quarenta. Ou dos cinquenta, que seja. Uma pena.

Outro dia, uma dessas amigas fez um ensaio fotográfico para guardar como recordação – ou "para a posteridade", como gosto de pensar. Teve direito a cabelo, maquiagem, figurino e photoshop. Me diverti à beça com os elogios decorrentes: "Nossa, as fotos ficaram lindas. Nem parece você!" Ela estava entusiasmadíssima, preferi não polemizar. Mas achei um paradoxo absurdo alguém ficar linda na foto justamente porque deixou de parecer consigo mesma. É assim que a história da humanidade vai sendo escrita.

Eu ri, na ocasião, e depois sofri do mesmo mal. Na falta de alternativas, resolvi improvisar um retrato novo para esta coluna e, devido ao resultado pouco animador, pedi a um amigo que fizesse leves retoques. Apagar uma espinha, corrigir olheiras, ajeitar uns fios de cabelo que saíram do lugar bem na hora do clique. Coisinhas assim, fugazes. Ele foi lá e, pelo bem da amizade, me recompôs. Portanto, se você quiser saber como sou, de verdade, direi que pareço com o cara aí do alto, só que mais real.

Meu próprio pai, que nunca foi disso, teve que renovar o RG e, quando viu a foto tirada lá, na hora H, ficou desconsolado. Aquele senhor grisalho, de óculos, era velho demais para ele. Calúnia! Cancelou o RG, fez a foto em outro lugar e voltou no dia seguinte rejuvenescido.

Isso me lembrou mais um caso, que conto agora para terminar de vez com o papo furado. Está mais para uma lenda do rock, não sei até que ponto é verdade, mas dizem que Neil Young, depois de gravar um primeiro disco muito bom e assinar contrato para outro, acabou processado pela gravadora porque, no segundo, já não se parecia mais com o Neil Young original. É mole? Sei lá quem ganhou o páreo... Como é que se comprova a própria autenticidade?

Pois bem, eu continuo mesmo acreditando no bom e velho Jung. Sou o que escrevo, muito mais do que aparento, e vou ser um novo eu a cada frase, a cada pensamento, a cada inspiração, mesmo que a foto da coluna permaneça a mesma. Se ela não agradar, peço que coloque o polegar em cima e ignore. Para saber de verdade quem eu sou, continue a me acompanhar aqui, mensalmente. Aos pouquinhos, vou revelando interesses, trocando ideias, puxando papo. Entre o ser e o nada, vamos, juntos, descobrindo nossas verdades mais profundas.

terça-feira, 7 de junho de 2011

CULTURA É A REGRA, ARTE É A EXCEÇÃO


Je Vous Salue, Sarajevo (1993), de Jean-Luc Godard

O vídeo acima foi exibido na 29ª Bienal de São Paulo, que teve como tema as aproximações entre arte e política. Não apenas essa política administrativa, organizada em governos, que estamos acostumados a criticar sem entender direito. Falávamos de todo o sistema criado pela vida em comunidade, que, de certo modo, é espontâneo e natural do ser humano. Um sistema que, diga-se de passagem, também estamos acostumados a criticar sem refletir ou procurar entendê-lo mais profundamente.

Arte e cultura ocupam um belo espaço aí. Godard, ao contrário da maioria, é um artista e intelectual que não critica sem conhecer muito bem o assunto. Je Vous Salue, Sarajevo é uma reflexão sobre a cultura europeia, nacionalismos e a guerra da Bósnia, a partir de uma foto dos fotógrafos Ron Haviv e Luc Delahaye.

Aqui estão suas palavras, transcritas e traduzidas:

"De certa forma, o medo é o filho de Deus, redimido na noite de sexta-feira. Ele não é belo, é zombado, amaldiçoado e renegado por todos. Mas não entenda mal, ele cuida de toda agonia mortal, ele intercede pela humanidade.

Pois há uma regra e uma exceção. Cultura é a regra. E arte a exceção. Todos falam a regra: cigarro, computador, camisetas, TV, turismo, guerra. Ninguém fala a exceção. Ela não é dita, é escrita: Flaubert, Dostoyevski. É composta: Gershwin, Mozart. É pintada: Cézanne, Vermeer. É filmada: Antonioni, Vigo. Ou é vivida, e se torna a arte de viver: Srebenica, Mostar, Sarajevo. A regra quer a morte da exceção. Então a regra para a Europa Cultural é organizar a morte da arte de viver, que ainda floresce.

Quando for hora de fechar o livro, eu não terei arrependimentos. Eu vi tantos viverem tão mal, e tantos morrerem tão bem."

quarta-feira, 25 de maio de 2011

DE CABEÇA NA IDEIA

Margem Verde (2011), foto feita pela Galeria Experiência durante expedição Rio Pinheiros Vivo (clique na imagem para ampliá-la)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

AÇÃO E REDAÇÃO

Quantos já leram um texto que mudou sua vida? Aposto que muitos. A leitura tem esse poder – com sorte, acaba por se revelar uma experiência transformadora. O que nos leva à segunda questão: quantos já escreveram um texto que mudou a própria vida e também a vida dos outros? Ontem, um grupo de expedicionários se propôs a tentar: refletiram e escreveram sobre o rio Pinheiros, em São Paulo, numa oficina literária coordenada por mim e encabeçada pelo grande Marcelino Freire.

A oficina era um dos trinta grupos do evento Rio Pinheiros Vivo, organizado pela associação Águas Claras do Rio Pinheiros, que teve ainda visitas à usina Henry Borden, expedições fotográficas, caminhadas, bicicletadas e até acrobacias aéreas. Ao todo, foram aproximadamente mil pessoas se movimentando em prol da recuperação do rio.

As grandes mudanças começam assim mesmo, com um desejo que se manifesta na prática e, aos pouquinhos, vai conquistando o apreço de outros. Pode ser um texto, uma foto, um abraço, qualquer coisa.

Quem quiser conferir parte do que foi produzido ontem por esses pioneiros pode visitar o site da expedição. O material ainda está sendo processado, então vejam e retornem para ver de novo mais tarde. Haverá sempre algo novo querendo transformar você.

Confira também algumas fotos que fiz durante a expedição literária:

Rio à vista.

O grupo de expedicionários literatos.

Marcelino Freire em ação.

Assunto em pauta.





O texto e suas diversas leituras.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

VICE-VERSO

Quando ouvi comentários sobre a série Verso, do brasileiro Vik Muniz, achei que se tratava apenas de mais um factoide inventado para chamar atenção da mídia. Ele tinha selecionado diversas pinturas e fotografias famosas, reproduzido o verso das mesmas com o maior realismo possível e as exibido numa galeria de Nova York. O que poderia haver de interessante naquilo? Na ocasião, achei que nada. Mas algo ficou em meu inconsciente, algo provocador, exigindo uma reflexão a respeito. Até que, na última quarta-feira, comprei o catálogo da mostra e dediquei algum tempo às ideias do artista. Descobri que meu pré-julgamento estava errado – como todo pré-julgamento costuma estar – e que a série tem seus méritos, alguns verdadeiramente relevantes.

Entre eles, por exemplo, está o de revelar que a parte de trás dos quadros se transforma de um jeito diferente da frente. As marcas do tempo ficam mais perceptíveis ali. Na medida em que viajam para exibições mundo afora, as pinturas ganham adesivos, anotações e arranhões – espécie de carimbos de passaporte. Dá para desvendar todo o seu trajeto por meio deles.



As fotografias, por sua vez, até o advento da era digital, receberam notas no verso sempre que foram publicadas por algum veículo de comunicação, que vão desde uma simples data até a própria legenda ou manchete que as acompanhou. Visitamos, assim, os bastidores do espetáculo, como diz o crítico Luc Sante no texto de apresentação do catálogo.

Outros dois pontos importantes para compreender a proposta de Vik Muniz são:

1) A questão do fac-símile. Pois o que estava em exibição em Nova York não eram os versos originais das obras, mas reproduções deles, que poderiam ser consideradas quase tão enganosas quanto uma falsificação deliberada da frente, não fosse o aviso do artista. Ainda que a cópia tenha sido realizada com uma minúcia inimaginável, sabemos que, ao virarmos as peças, não encontraríamos nenhuma pintura ou fotografia do outro lado.

2) Posicionar a série no conjunto de trabalhos do artista. Porque a escolha dos versos foi criteriosa – como ele mesmo diz na entrevista concedida a Eva Respini –, tanto as pinturas quanto as fotografias deveriam despertar a imagem original na mente dos espectadores pela simples menção do título. Vik Muniz continua, dessa maneira, a trabalhar com ícones da História da Arte e com a ambiguidade, duas das suas marcas que podem ser vistas em obras anteriores feitas com chocolate, pigmentos coloridos e lixo.

Por fim, acredito ainda que o maior dos méritos do artista é mostrar que os versos daquelas obras nos ajudam a compreender melhor a imagem da frente e seu lugar na história. Com essa série de reproduções inusitadas, Vik Muniz nos revela um segredo que antes pertencia somente aos curadores, às equipes de montagem de exposições e aos restauradores dos museus. O verso é a face oculta que, em diálogo com a imagem original, acaba por complementá-la, preenchendo uma lacuna que eu jamais me dera conta de que existia. Com perspicácia, técnica e muita curiosidade, Vik Muniz nos permite fazer novas leituras daquilo que já está tão presente em nossas memórias visuais.

Saiba mais sobre o artista: Vik Muniz e Artsy.net

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

GRANDES MUSEUS REUNIDOS ONDE VOCÊ ESTIVER



Sempre me surpreendo com as invenções da Google. Não tem jeito, eles ficam criando essas coisas espetaculares que, em pouco tempo, se tornam essenciais.

Não bastasse o Street View, que nos permite caminhar digitalmente por ruas do mundo inteiro utilizando o Google Maps, agora apareceu o Google Art Project, que traz os grandes museus para dentro de nossas casas e ainda mata aquela curiosidade gostosa proporcionada pela arte. Porque não dá para visitar pessoalmente todos eles, muito menos com a frequência com que gostaríamos. Então, fazemos a visita pelo computador.

Não adianta ficar fazendo propaganda aqui. Clique logo no link abaixo, faça um bom passeio cultural e torça para que essa tecnologia chegue o mais rápido possível aos museus brasileiros.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A ORIGEM DO TERCEIRO MUNDO

Escrevi uma crítica da obra A origem do terceiro mundo (2007), do artista brasileiro Henrique Oliveira, para o Programa de Pós-Graduação do MAC/USP. Trata-se de uma instalação que conheci na Bienal passada e que sugere reflexões interessantes quando a penetramos – pois, percorrendo seus labirintos de tapume, acabamos por descobrir a nós mesmos. É por isso que chamei o texto de A origem do terceiro mundo e a origem de nossos próprios mundos.

Como ele é extenso demais para eu publicar aqui, gostaria de compartilhar com vocês ao menos as fotografias que fiz na ocasião.

Quem não foi ou não encontrou a obra no meio daquela abundância confusa da Bienal vai perceber que, reflexões à parte, era uma experiência bastante divertida. Saí de lá renascido. E acho que você vai entender por quê.









segunda-feira, 22 de novembro de 2010


(sem título), Campos do Jordão, novembro de 2010


(sem título), Estação da Luz, São Paulo, novembro de 2010

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

CUBA POR KORDA



"Eu optara por uma vida frívola quando, por volta dos trinta anos, um acontecimento excepcional transformou minha vida: a Revolução. Foi então que tirei esta foto, de uma garotinha abraçada a um pedaço de madeira, em substituição à boneca que não tinha. Percebi que valia a pena dedicar um trabalho à revolução que propunha a supressão de tais desigualdades."

Alberto Korda

(trecho retirado do livro Cuba por Korda
, publicado pela editora Cosac Naify em 2004)

sábado, 2 de outubro de 2010

FELIZ ANIVERSÁRIO, MASP

Estive lendo a linha do tempo do MASP, que fizeram para comemorar os 63 anos do museu – sim, é hoje! –, e descobri a foto abaixo. Foi tirada em 1950, durante exposição de Le Corbusier, e achei tão singela que precisava compartilhar.

Fica aqui também minha homenagem a esse que, apesar das crises, continua a ser um dos museus mais importantes do país.

Também é um dos mais importantes para mim. Parabéns!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tem como olhar essa foto e não pensar em milhares de coisas?



Suíte Bahia (sem data), de Mario Cravo Neto (1947–2009)
Prêmio Mário Pedrosa, 2004

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

ARTE SEM SE VER, DOR QUE NÃO SE SENTE

Ao saber da mais recente exposição de fotografias do Senac/SP, fiquei me perguntando o que faz um cego escolher essa forma de expressão e como é seu processo criativo. Isso mesmo, o artista, no caso, é o esloveno Evgen Bavcar (1946-), totalmente cego desde os doze anos. Além de ser um nome importante da arte contemporânea, ele é também historiador, filósofo e doutor em estética pela Sorbonne, Paris. Um homem que talvez caminhe contra a natureza e contra todos os preconceitos daqueles que não conhecem sua realidade, mas que está totalmente a favor da arte.

Abaixo estão alguns exemplos de seu trabalho, além de informações sobre a exposição. Ainda não fui visitá-la, embora pretenda fazer em breve.

Bavcar também participou do documentário Janela da Alma (2002), de João Jardim e Walter Carvalho. É um filme que recomendo a todos, além da ficção Ensaio sobre a cegueira (2008), que Fernando Meirelles realizou baseado no romance de José Saramago. Ambos abordam o tema da cegueira por perspectivas bem diferentes – e complementares. Excelentes!










Exposição Estética do (in)visível
De 26/8 a 17/9/2010, de segunda a sexta, das 9 às 21 horas; sábados, das 9 às 16 horas.
Entrada gratuita
Senac Lapa Scipião
Rua Scipião, 67 – Lapa
Tel.: (11) 3475-2200

Mais informações: Senac

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

AS GAROTAS DO CALENDÁRIO

Essas fotografias foram feitas por alunos da Brother ad School, de Buenos Aires, para uma campanha de Match Box (carrinhos em miniatura). Vistas como propaganda, são coisa boba, mas como arte... dão o que falar.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

ALTA GRACIA



















Alta Gracia é uma antiga cidade da Província de Cordoba e também um patrimônio da humanidade. Localizada a mais ou menos 600 quilômetros a noroeste de Buenos Aires, Argentina, começou sua história em 1643 a partir de uma Estância Jesuítica – espécie de complexo agrário composto por igreja, fazenda, torre e lago artificial –, uma das seis que se desenvolveram e que se preservam até hoje na região.